sexta-feira, 1 de abril de 2011

Alerta sobre o Consumo de Álcool por Gestantes

Este ano o CEAEC tem como uma de suas metas o combate as drogas na comunidade de Peixinhos. Para tanto está concorrendo ao concurso de projetos sociais do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente de Pernambuco - CEDCA/PE. Um dos eixos do projeto é alertar aos familiares quanto ao consumo do álcool e outras drogas, mas também informar as mães e aos pais (responsáveis em primeira posição pelo desenvolvimento saudável das crianças e adolescentes) sobre a temática. Estaremos realizando pesquisas sobre o assunto e estudando-as, tanto com os colaboradores/as do CEAEC, como com as Entidades Parceiras, com os familiares e, especialmente, com as crianças e adolescentes. Os textos abaixo são o começo de um estudo que esperamos desenvolver ao longo de 2011. Boa leitura................


Estudo sugere que o álcool consumido pela mãe na gestação pode levar os filhos a terem problemas comportamentais na adolescência

Pesquisadores da Universidade de Pittsburgh (EUA) estudaram 592 adolescentes e suas mães, usando também dados sobre substâncias usadas durante o período pré-natal, coletados em um estudo que havia sido iniciado em 1982. Nesse estudo, que acompanhou grávidas e seus filhos, a gestação foi avaliada no quarto e sétimo meses e as crianças durante toda a vida – aos 18 meses, 3 anos, 6, 10, 14 e 16 anos. As mulheres participantes eram 50% caucasianas e 50% negras, e o consumo de álcool foi classificado como diário, incluindo as bebidas vinho, cerveja e licor.

Os resultados do estudo mostraram que os adolescentes de mães que tomaram em média uma dose de álcool por dia durante o primeiro trimestre da gestação tinham mais chances de sofrerem distúrbios de comportamento durante toda a vida. O padrão que esse tipo de comportamento acompanha é duradouro e agressivo. Os jovens se tornam violentos em relação às pessoas e animais, passam a roubar, mentir e violar diversas regras.

A conclusão dos pesquisadores é que “a partir de uma perspectiva clínica, a exposição pré-natal ao álcool devia ser considerada como um risco para o desenvolvimento de distúrbios de comportamento”, diz a Dr. Cynthia A. Larkby, co-autora do artigo publicado sobre o tema no Journal of the American Academy of Child and Adolescent Psychiatry.

Segundo OMS síndrome de alcoolismo fetal causa danos permanentes no bebê

A organização não governamental The National Organization on Fetal Alcohol Syndrome (Nofas) apresentou uma pesquisa em que cerca de 40 mil crianças por ano em todo o mundo sofrem de SAF, número que supera doenças como Síndrome de Down e distrofia muscular. No Brasil, não existe nenhum dado oficial que determine quantos bebês são atingidos pela doença, mas o número de casos pode ser muito grande, já que na maioria das vezes não é diagnosticada.

Com o consumo excessivo de bebida alcoólica, a substância é absorvida pelo bebê através da placenta, e é responsável por grande parte das deficiências apresentadas pelos recém-nascidos. Após o nascimento, surgem alguns sintomas, que são conhecidos como EAF (efeitos do álcool no feto) e os mais comuns são: baixo peso ao nascer, disformismo facial (lábio superior mais fino, cabeça menor do que a média), má formação de alguns órgãos e dificuldade em desenvolver habilidades como a fala e a coordenação motora.

Segundo o pediatra e neonatologista Jorge Huberman (Hospital Albert Einstein), tudo o que a grávida absorve, seja alimentação, bebidas ou drogas, é levado diretamente ao organismo do feto, o que pode trazer benefícios ou danos à saúde do bebê. “É importante que as mães saibam que qualquer quantidade de álcool ingerida pode trazer riscos à saúde do bebê, e isso também vale para medicamentos e outras drogas”, explica. Para que a SAF seja diagnosticada, é necessário que o pediatra seja informado dos hábitos da mãe na gravidez e se existe histórico de alcoolismo na família.

Segundo o especialista, o tratamento varia de acordo com cada caso já que cada criança apresenta sintomas específicos.

Primeiro Texto
OBID Fonte: Portal UOL

Segundo Texto
OBID Fonte: Bibliomed

Postado por Mônica Brito
Colaboradora do CEAEC

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